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Curador Nuno Crespo
Mercadoria Chinesa
11

 

Dezembro

 

2014
7

 

Janeiro

 

2015
Mercadoria Chinesa
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Mercadoria Chinesa

ANA JOTTA | ANDRÉ ROMÃO | JOÃO LOURO | JOÃO PAULO FELICIANO | JULIÃO SARMENTO | LUÍS PAULO COSTA | LUÍSA CUNHA | RICARDO JACINTO


Só quando copiado o texto comanda a alma de quem dele se ocupa, enquanto o mero leitor nunca chega a conhecer as novas vistas do seu interior, que o texto — essa estrada que atravessa a floresta virgem, cada vez mais densa, da interioridade — vai abrindo: porque o leitor segue docilmente o movimento do seu eu nos livres espaços aéreos da fantasia, ao passo que o copista se deixa comandar por ele. A arte chinesa de copiar livros era garantia, incomparável, de uma cultura literária, e a cópia um chave dos enigmas da China. Walter Benjamin, “Mercadoria Chinesa”, in Rua de Sentido Único.


Esta é uma exposição de cópias, ou seja, esta é uma exposição em que se tenta pensar acerca do lugar que a cópia ocupa nos processos de construção de obras de arte. Não se trata de uma anatomia do gesto artístico, nem tão pouco da tentativa didáctica de perceber o lugar que a cópia ocupa no universo de um conjunto heterogéneo de artistas. 

Pelo contrário, esta exposição é sobre a cópia enquanto princípio criativo e que, consoante a tradição e o momento histórico, tomou o nome de citação, apropriação, imitação ou reprodução, ou seja, é sobre a acção de copiar enquanto princípio poético. A cópia, seguindo Benjamin no texto que dá nome à exposição, não é um acto exterior, mas indica o movimento da alma tomar conta do que lhe é exterior, estranho, estrangeiro. 


Nesta exposição intensificaram-se e dramatizaram-se os gestos de copiar e, por isso, esta também é uma exposição de gravura: todos os artistas construíram obras novas e, independentemente do seu media habitual, usaram a gravura (mecanismo por excelência de cópia), as suas possibilidades e limites, para a criação de obras que de algum modo fossem cópias, imitações ou reproduções: cópias que geram originais, originais que se prolongam no corpo e na imaginação de outros. 


As obras não obedecem a nenhum critério formal ou material, mas as suas afinidades são subterrâneas e expressam-se nos princípios internos que todas partilham. O resultado é não só uma ampliação do território da gravura, mas igualmente da gramática da cópia. 



Nuno Crespo 

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